Contra o Comunismo

29/05/2024

O mais humilde dos indivíduos ao observar o cenário atual da sociedade em que vivemos sente, no mínimo, um desassossego em sua alma diante da sequência de eventos que vai de encontro com a centelha de verdade que há em seu coração, que colide com a lei divina natural intrínseca à sua alma.

Vemos dia após dia um ataque permanente e ininterrupto aos valores cristãos. A família é atacada, os sacramentos o são; tenta-se relativizar a Verdade; a Sã Doutrina é ridicularizada e afrontada, tal como sua depositária. As consequências desta investidas contra este alicerce da civilização Ocidental, constatamo-las na nossa vida cotidiana ou nos noticiários: corrupção, vinganças, assassinatos, roubos, miséria. Não que tais coisas não existissem antes, mas a intensidade, a frequência e a dimensão das barbáries atuais atingiram, um nível altíssimo, e aliado, ou como consequência desta realidade, temos nos tornado cada vez mais insensíveis e tolerantes aos diversos crimes que nos rodeiam.

Contudo, este estágio de degradação avançado da sociedade no qual nos encontramos - que encontra nos ambientes acadêmicos combustível para continuar avançando – não é um fenômeno que surge sem origem, tampouco é recente. Uma de suas origens nos remete ao advento do liberalismo e dos ideais que se seguiram. A Igreja, movida pelo Espírito, desde o surgimento de tais movimentos sociais, posicionou-se claramente acerca dos mesmos, alertando sobre seus erros e sobre suas consequências.

Em especial, quando voltamos nossos olhos ao nosso país e nos deparamos com um cenário político dominado pelo pensamento comunista-marxista, um ambiente universitário transformando em laboratório ideológico de esquerda, com setores do clero e de pastorais impregnados de doutrinas socialistas (levando-nos a constatação que este cenário tenta a todo custo acelerar uma agenda contra a Igreja e seus valores), devemos nos remeter a esta mesma Igreja que, como já dito, sempre esteve na vanguarda do anúncio contra as mazelas de certos movimentos sociais; nesse caso específico, do comunismo. Precisamos buscar na fonte certa a orientação para enfrentarmos o caos no qual vivemos.

Desde o início do século passado a Igreja vem se posicionando contra a doutrina nefanda, ateia e diabólica do comunismo1; alertando que a mesma é contrária ao direito e lei natural e materialista. Denunciando que o comunismo despoja o homem da sua liberdade por uma falsa ideia de liberdade, retira do homem todo freio moral e que repudia o valor da vida humana e da família2. Mais ainda, como boa Mãe, não só mostra as características da doença como apresenta o remédio para o combate, pois ela sabe que diante das em enormes diferenças econômicas e sociais que existem atualmente e da injustiça que acomete quase sempre o mais fraco, o socialismo apresentar-se-á como mágica solução para este problema – é a velha trama demoníaca de travestir de bom àquilo que é mau.

Como formas de remédios, a Esposa de Cristo salienta para a necessidade da renovação da vida cristã, seja ela privada ou pública3, para que possamos ir além do verniz exterior de católico através do conhecimento dos ensinamentos da Igreja, a qual levará ao desapego das coisas terrenas, lembrando que somos só administradores e devemos usar dos meios que nos são dados para buscar o reino celeste4; a caridade cristã para que os marginalizados possam experimentar a Deus a partir destes atos de amor5 e; a noção de deveres de justiça, sem a qual a caridade não acontece, e com a qual moldamos nossos atos como pais, filhos, empregados, patrões a partir da forma do cristianismo6.

Além desses, é-nos dado como remédio o estudo e difusão da Doutrina Social da Igreja, que com a autoridade e sapiência da Esposa do Cordeiro, que é movida pelo Santo Espírito, supera as falácias do comunismo, visto que é erguida sobre a Verdade que é Cristo, pela qual também pode-se combater a incoerência da vida cristã existente em tantos fiéis e religiosos.7

A Santa Igreja, desde o século passado também fornece como remédio a necessidade de estarmos atentos às ciladas do comunismo, visto que ele sempre tentará apresentar-se como uma face diferente: defensor dos oprimidos, amante da pluralidade, propulsor da liberdade individual ou solução ética para situação política. A história mostra que a Igreja está certa em afirmar que tais apresentações são apenas máscaras, pois o comunismo é intrinsicamente perverso7.

Por fim, como não poderia deixar de ser, a Mãe Igreja recomenda a oração e penitencia pelos méritos destas ações sejam nas nossas vidas, sejam na Igreja. Pois, alerta a Esposa de Cristo, não se pode enfrentar esta batalha sem estar mergulhado na oração8.

Os tempos são tenebrosos e sombrios, ainda que se tente pinta-los de outra forma, é fundamental que nos voltemos à depositária da fé, à Esposa do Verbo, e com o aquilo que ela nos oferece possamos subsistir a este mundo servindo ainda como farol diante da maré vermelha que deseja corroer o alicerce cristão de nossa civilização.

Notas
1 - Cf. Papa Pio XI, Carta Encíclica Divini Redemptoris, n.4
2 - Cf. Ibidem, n. 10
3 - Cf. Ibidem, n. 41
4 - Cf. Ibidem, n. 44
5 - Cf. Ibidem, n. 46
6 - Cf. Ibidem, n. 49
7 - Cf. Ibidem, n. 58
8 - Cf. Ibidem, n. 59



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