Sexualidade e Afetividade

01/05/2024

"A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados». São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados."

Não ao pecado e Sim ao pecador!

"Um número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição."

"As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã." (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA Parágrafos 2357-2359)

Muitos "católicos" tem se apoiado em declarações do Papa Francisco para dizer que a Igreja tem aprovado a união sexual homoafetiva que é um grave engano. Quando Sua Santidade esteve no Brasil e lhe perguntaram sobre os homossexuais ele simplesmente respondeu: "quem sou eu para julgar". Se você conseguiu ver nessas palavras um apoio a homo afetividade está precisando de um 'nariz mais católico', essas palavras nos remetem a Jesus em seu Evangelho que diz: "quem não tem pecado atire a primeira pedra". A Igreja como lemos nos parágrafos anteriores do Catecismo nesse texto pede "respeito, compaixão e delicadeza" é justamente isso que o Papa quis dizer. Não condenamos a pessoa enquanto ser, mas suas práticas que por sinal são abomináveis desde a era do Antigo Testamento.

Dizem que nós católicos somos preconceituosos e intolerantes, mas o que dizer da grande massa "gaysista" que esteve em São Paulo nos últimos tempos? Eles não são preconceituosos para conosco e também intolerantes? Basta ver as atitudes, elas dizem por si mesma, não precisa de análise profunda para tal.

Existem pessoas com tendências que sabe aceitar essa condição e até vivem a castidade de continência proposta essa pelo Catecismo. Também existem homossexuais que vivem essa prática de maneira discreta e respeitosa para com os princípios divinos e eclesiais. Como também, agora digo, na grande maioria "gaysistas" que não sabem se portar, não tem respeito consigo mesmo e nem com o próximo. Mas, lembrando que os dois últimos grupos que citei tem práticas contrárias ao Evangelho e estão em condição de pecado. Insisto em dizer que enquanto pessoas devem ser acolhidas em qualquer âmbito, mas sua prática precisa ser rejeitada e apontada.

Voltando ao assunto Papa Francisco, esse, em nenhum momento dessas declarações onde muitos "católicos" tem visto uma aceitação da prática homoafetiva exercia o Magistério extraordinário (ex-cathedra), sendo esse como cunho de ensinar a Igreja e de modo universal e tão pouco também o Magistério ordinário onde tem o papel de ensinar um pequeno grupo de fiéis. Então, essas declarações são como um bate papo entre amigos e não tinha nenhum interesse em ensinar algo, sendo que o seu pedido foi aceitar a pessoa e não o seu pecado.

Um padre amigo me disse uma vez: "... o fulano me disse que você odeia ele por ser homossexual". Uso dessa frase para explicar, não tendo ódio a homossexuais (inclusive tenho amigos que são), como já falei aceito a pessoa, mas não sua prática. Seria o mesmo que pensar num assassino confesso de crianças ou idosos, a pessoa precisa ser amada e ter os seus direitos respeitados, mas o que ele fez precisa ser repudiado. Não estou comparando o pecado de um homossexual ao de um assassino, mas simplesmente para mostrar que são situações onde o ser tem que ser respeitado, mas sua ação repudiada.

Do mesmo jeito que os homossexuais pedem respeito eu também peço. Tenho filhos e preciso que seus direitos sejam resguardados e não seja enfiado goela a baixo uma lei ou leis que o taxem e tirem deles a sua dignidade.

Se vocês tem do "Estado" a garantia dos seus direitos serem guardados espero que esse mesmo me dê a oportunidade de poder gritar aos quatros cantos: "Sou heterossexual e amo minha condição e dignidade!"

"O amor venceu?" Sim, e foi aproximadamente no ano 33d.c onde o próprio Deus encarnado deu sua vida para que todos tenham vida e vida em abundancia. Onde Ele com toda a clareza repudiou o pecado e amou o pecador. Entendeu?

Afetividade humana

Se entende por afetividade a relação de carinho ou cuidado que se tem com alguém íntimo ou querido. É o estado psicológico que permite ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emoções a outro ser vivo. Pode também ser considerado o laço criado entre humanos, que, mesmo sem características sexuais, continua a ter uma parte de "amizade" mais aprofundada. Em psicologia, o termo afetividade é utilizado para designar a suscetibilidade que o ser humano experimenta perante determinadas alterações que acontecem no mundo exterior ou em si próprio. Tem por constituinte fundamental um processo cambiante no âmbito das vivências do sujeito, em sua qualidade de experiências agradáveis ou desagradáveis¹.

Em breves palavras é alguém que possui afeto. O ser humano tem como potência em si, a afetividade. Isso o ajuda a não ser alguém autossuficiente ou egoísta, mas se abrir aos outros. Mas também a afetividade o ajuda a olhar para si próprio, percebendo algumas orientações internas, mas essa sempre o leva ao outro.

A afetividade uma vez mal experimentada ou mal interpretada pode-se levar a um equivoco. Como por exemplo, ter afeto por alguém que seja do mesmo sexo. Muitas vezes conclui-se que é homoafetivo, por exemplo, o que não é verdade e sim um grave erro.

A afetividade nos orienta ao que é correto, natural. Ela nos mostra as diferenças que existem no sexo masculino e feminino, a complementaridade que existe nos dois. A afetividade é carregada de emoções, paixões, sentimentos, e não podemos ficar só com esses, mas com esses chegar ao conhecimento pleno e verdadeiro do outro ou de si próprio.

Voltando um pouco atrás quando se fala de complementaridade, vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre o assunto: "O homem e a mulher são feitos "um para o outro": não que Deus os tivesse feito apenas "pela metade" e "incompletos"; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser "ajuda" para o outro, por serem ao mesmo tempo iguais enquanto pessoas ("osso de meus ossos...") e complementares enquanto masculino e feminino. No matrimônio, Deus os une de maneira que, formando "uma só carne" (Gn 2,24), possam transmitir a vida humana: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra" (Gn 1,28). Ao transmitir a seus descendentes a vida humana, o homem e a mulher, como esposos e pais, cooperam de forma única na obra do Criador."².

Sobre a sexualidade podemos ler também no Catecismo: "A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher." A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, em sua unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, à aptidão a criar vínculos de comunhão com os outros. ³.

Podemos perceber que as duas andam juntas, afetividade e sexualidade. Em outras palavras a Afetividade é a base e fundamento para uma Sexualidade certa e segura. Na afetividade eu me conheço e também o outro e na sexualidade isso é ativo. Para tanto lemos no Catecismo: "Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar". Interpretemos assim, afetividade: amor, sexualidade: procriar.

Quando falo em base e fundamento lembro-me da passagem onde se lê: "Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha." (Mateus 7, 24 e 25). Uma afetividade vivida de forma sadia e natural é a base para se ter uma sexualidade ordenada conforme o Coração e desejo de Deus.

Podemos estar perguntando, como faço para ter uma sexualidade conforme o coração Deus? Vejamos o que diz no Catecismo: "A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal."4.

Depois de vermos a beleza da Afetividade e Sexualidade vamos conhecer algumas ofensas que existem contra elas:

  • Por MASTURBAÇÃO se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais, a fim de conseguir um prazer venéreo. "Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado." Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade. Aí o prazer sexual é buscado fora da "relação sexual exigida pela ordem moral, que realiza, no contexto de um amor verdadeiro, o sentido integral da doação mútua e da procriação humana". 5
  • A FORNICAÇÃO é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos. Além disso, é um escândalo grave quando há corrupção de jovens. 5
  • A PORNOGRAFIA consiste em retirar os atos sexuais, reais ou simulados, da intimidade dos parceiros para exibi-los a terceiros de maneira deliberada. Ela ofende a castidade porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito, Mergulha uns e outros na ilusão de um mundo artificial. E uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos. 5
  • A HOMOSSEXUALIDADE designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados. 5

Cromossomos XX e XY. Qual o seu?

A ciência afirma que os cromossomos são os responsáveis por carregar toda a informação que as células necessitam para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. Localizados no núcleo celular, eles são constituídos por DNA, que, em padrões específicos, são denominados genes.

O cromossomo sexual (português brasileiro) ou cromossoma sexual (português europeu) é um tipo de cromossomo, encontrado em suas células, na maioria dos organismos determina o sexo dos indivíduos.

A maioria das plantas e animais são organismos diploides (2n): possuem duas cópias de cada cromossomo. Nos núcleos das células, os cromossomos são encontrados em conjuntos de pares idênticos, excetuando-se um par de cromossomos. Os cromossomos pareados são chamados de autossomos. Os cromossomos não pareados são chamados de cromossomos sexuais.

No caso da espécie humana, o total de cromossomos é de 23 pares, sendo 22 pares de autossomas e um par de cromossomos sexuais (XX ou XY).

O sexo, nestes casos, é caracterizado por:

Fêmeas: apresenta em suas células somáticas um número par de cromossomos do tipo XX e produzem apenas um tipo de gameta, com cromossomo X;

Machos: apresenta em suas células somáticas um número par de cromossomos do tipo XY e produzem dois diferentes gametas, X e Y.

Olhando por essa ótica da ciência já descobri qual o meu sexo. E você já conseguiu descobriu o seu?

Mas como eu não sou "perneta", ou seja, tenho duas pernas, não fico só com a ciência, se já que com essa base poderia terminar por aqui.

São João Paulo II escreveu uma encíclica intitulada: "Fides et Ratio" (Fé e razão) na qual disse: "A fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade".

Já falamos sobre a Razão acima, quando citei o que a ciência afirma sobre o sexo das pessoas. Mas a fé juntamente com essa me leva a um conhecimento verdadeiro e essencial. Perceba que falei essencial, que significa em latim "essentia" e que indica a natureza, substância ou característica essencial de uma pessoa ou coisa. No âmbito da filosofia e da metafísica, a essência de alguém são os elementos característicos do ser, como a racionalidade, por exemplo, que faz parte da essência do ser humano. Neste caso, a essência é uma representação do que é comum, universal e que se encontra no âmago de alguém ou de alguma coisa. No linguajar brasileiro "é a coisa que faz a coisa ser aquilo e não outra coisa".

Vamos ao campo teológico (fé) agora: "Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a." (Gênesis 1, 26-28a).

Nesses breves versículos Deus determina os cromossomos que milhares de anos depois vieram a declarar os cientistas e dar os nomes de XX e XY: criou o homem e a mulher". O Criador também fala da complementaridade e da ajuda que esses teriam no seu plano de amor: "Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos". O homem e a mulher por natureza se complementam, muito mais do que afetivamente ou emocionalmente, em palavras mais cultas, fisiologicamente eles se unem pelos órgãos genitais e se abrem a vida como ordena as escrituras sagradas.



Notas: ¹(Dicionário inFormal); ²Catecismo da Igreja Católica §372; ³Catecismo da Igreja Católica §2332 §2337; 4 Catecismo da Igreja Católica §2337 §2395; 5 Catecismo da Igreja Católica §2352, §2353, §2354, §2357

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